
Um corpo esmifrado em esperas inúteis de quem não bate à porta. De quem não mata o tempo... nem sequer o vento sopra.
Um corpo cansado da ausência de outros e farto da presença de tantos iguais. Corpo que ja nem sente, ressente.
Ergue a mão à noite vermelha das lágrimas não derramadas... das esperas acabadas em pressas que não chegam.
Pergunto-te: Sentes-me?
Não ouço sequer a resposta... mas pode alguém sentir um corpo inexistente na terra?
Encerra aquilo que ditámos em silêncio. Apaga a espera e mata o tempo sem ressentimento do que deveria ter sido.
Minto-te ao ouvido e retomo a verdade com o olhar, cabe-te a ti, só a ti destapar a verdade. Verdade que não tem idade, vontade, saudade. Verdade apenas, sem cenas que possam exemplificar aquilo que te estou a mostrar.
Somos teia no jogo da sedução. Eu dou-te o sangue para desenhares tu dás o dedo que traça o rumo. Come-me o medo e apaga o tempo.
Pergunto-te... consegues traduzir o silêncio?
13 comentários:
"consegues traduzir o silêncio?"
Se te conseguir desvendar o olhar...
***MUAH***
lneves:
;)
_baci_
Que saudades ^^
Adoro ler-te e, como vejo, não perdeste o talento...
Biju***
"sol.calor.calor húmido. calor húmido, floresta. floresta fonte de vida, mãe. mãe áfrica. áfrica."
acontece...lol
corrijo.
ao som de eduardo mourato qualquer merdita de texto toca o divino...ahahaha!
Menininha, não te posso dizer chiu, seria um crime! :)
Não tenho grande jeito para traduções lol
Jeito só tenho para me deliciar com os teus textos :p
beijinhos
Não consigo, querida...
Cada um tem uma tradução numa língua diferente.
Beijo doce e terno
a mais audível ;)
Lento sofrimento este,
que nos consome em tons feitos de cinza. É o silêncio que faz falta num tempo de múltiplos cansaços, e deitarmo-nos com ele até ser dia.
Gostei do texto.
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