sábado, 5 de abril de 2008

Verdade Silenciosa


Um corpo esmifrado em esperas inúteis de quem não bate à porta. De quem não mata o tempo... nem sequer o vento sopra.

Um corpo cansado da ausência de outros e farto da presença de tantos iguais. Corpo que ja nem sente, ressente.

Ergue a mão à noite vermelha das lágrimas não derramadas... das esperas acabadas em pressas que não chegam.

Pergunto-te: Sentes-me?

Não ouço sequer a resposta... mas pode alguém sentir um corpo inexistente na terra?

Encerra aquilo que ditámos em silêncio. Apaga a espera e mata o tempo sem ressentimento do que deveria ter sido.

Minto-te ao ouvido e retomo a verdade com o olhar, cabe-te a ti, só a ti destapar a verdade. Verdade que não tem idade, vontade, saudade. Verdade apenas, sem cenas que possam exemplificar aquilo que te estou a mostrar.

Somos teia no jogo da sedução. Eu dou-te o sangue para desenhares tu dás o dedo que traça o rumo. Come-me o medo e apaga o tempo.

Pergunto-te... consegues traduzir o silêncio?

13 comentários:

Anônimo disse...
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Ai e Tal... disse...

"consegues traduzir o silêncio?"

Se te conseguir desvendar o olhar...

***MUAH***

farfalla disse...

lneves:

;)

_baci_

Anônimo disse...

Que saudades ^^

Adoro ler-te e, como vejo, não perdeste o talento...

Biju***

Anônimo disse...
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lagarto disse...

"sol.calor.calor húmido. calor húmido, floresta. floresta fonte de vida, mãe. mãe áfrica. áfrica."

acontece...lol

lagarto disse...

corrijo.

ao som de eduardo mourato qualquer merdita de texto toca o divino...ahahaha!

Bruna Pereira Ferreira disse...

Menininha, não te posso dizer chiu, seria um crime! :)

Adore disse...

Não tenho grande jeito para traduções lol

Jeito só tenho para me deliciar com os teus textos :p

beijinhos

Anônimo disse...
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nOgS disse...

Não consigo, querida...

Cada um tem uma tradução numa língua diferente.


Beijo doce e terno

ContorNUS disse...

a mais audível ;)

... disse...

Lento sofrimento este,
que nos consome em tons feitos de cinza. É o silêncio que faz falta num tempo de múltiplos cansaços, e deitarmo-nos com ele até ser dia.

Gostei do texto.