quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Dispersão


Dá-me um palco. Baixa as luzes e esconde-te no fundo da sala sem que eu te veja.
Dá-me as coordenadas e poderei ser todas as personagens que quiseres.
Todas elas imperfeitas mas ainda assim todas elas.
Todas elas incompletas mas ainda assim todas elas.
Plena nas minhas reticências...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Diálogos


*O que fomos?
- Não sei.
*Sonhos?
- Não.
*Acho que sim...
- Invenções.
*Quando deixa um sonho de ser uma invenção?
- Um sonho pode ser vivido, tornar-se real. Uma invenção... uma invenção nunca corresponderá ao real...
*Fomos invenção sim. Desenhámos corpos, momentos, sentimentos, vontades, verdades... E quando nos mostrámos reais... eramos outra coisa qualquer, um rasto... que simplesmente não queremos percorrer.
- Talvez isso.
*Talvez algo...
- Talvez qualquer coisa.
*Fomos.
- Eu sei.
*Nada.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Para a Malmequer




RUN.

GO!

Wind...


Vento.
Isso mesmo. De pés descalços no verde da esperança.
Corres no chão em busca do voo para a liberdade, descalça.
No rodar da saia procuras uma fuga. Menina que sorri para a liberdade. Menina utópica que sente com o vento no cabelo, o sol no olhar, a liberdade no sorriso e os sonhos na roda da saia.
Mulher fatal que mata com o olhar e beija com a sabedoria.
Menina-mulher livre, presa à utopia da liberdade. Corre no vento e enquanto não voas... continua a rodar de pés descalços no chão da tua realidade, aquela que os pés de outros não sentem, aquela que é vulcão para outros... enquanto para ti é apenas um rodar.

VOA MALMEQUER!!

De um outro plano eu te sorrio...

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Fim.



Na curva da estrada perdemo-nos.
Talvez nunca devessemos ter-nos encontrado. Mas e se não o tivéssemos feito? Sabê-lo-iamos?
Continuaríamos a pensar que sim... eventualmente, equívocamente.
Queremos muita coisa parecida, mas não um ao outro. Soube-o quando te vi, mas tenho este hábito de não saber dizer que não e, de certa forma, explorar os outros... vícios.
Talvez fosse suposto pedir-te desculpas, mas isso é algo que não tem lugar. És um quinto daquilo que mexe comigo (mas a parcela que me preenches...resulta muito bem e daí o equívoco). Daí a necessidade de ir ao encontro... saber.
Sei-o. Ainda bem que erramos, faz crescer. (Sorri, acabei de te beijar agora, o mais sincero dos beijos)
Construímo-nos de tal forma em palavras que a realidade nunca poderia existir, não daquela forma... Sem que isso tenha mal algum, arranhar os joelhos faz bem.
Seremos o cheiro de um café, o toque de um telémovel ou o bater de umas teclas talvez. Possívelmente. Eventualmente. mente. Ou apenas um sorriso em divagações esporádicas.
Que felizes são os tolos que arriscam... é o que me apetece dizer.
Fim.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Gavetas...





Gosto da terra nos sapatos. Gosto de sentir a sujidade no rasto e observar as marcas que ficaram para trás. Trazem-me lembranças, fazem-me sorrir.
Tenho este vício de percorrer caminhos "antigos", anteriores. Esta mania de dissecar as coisas. Gosto da forma como o meu cérebro agrupa o passado em gavetas que insistem em não estar trancadas, e que o presente abre constantemente.
Pecorrer o mesmo caminho jamais será percorrer o mesmo caminho. É olhá-lo de um outro ângulo e ver uma coisa totalmente diferente.
Vivo desfasada do Presente, vou sempre à frente ou irremediávelmente mais atrás. Não sei se sou eu quem não acompanha ou se os outros não me sabem acompanhar. Sei que os outros não conseguem ver-me, não alcançam o que há em mim, camuflado, escondido. Aquilo que nem a mim mesma mostro muitas vezes, talvez porque ser normal é mais fácil... Talvez por ser mais fácil mostrar um armário limpo, com gavetas polidas e meticulosamente organizadas, sem mostrar a desorganização que vai dentro delas. Não é uma regra geral, mas aplica-se muitas vezes.

...


É por isso que gosto de percorrer estes caminhos de terra, fazem-me sempre arrumar mais uma gaveta.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Para o menino do Mar


O som do mar fez-me olhar-te nos olhos. Embalada. Anestesiada. O mar acalma a luz da lua que me invade. Me domina, que não entendo. Estas duas metades que vivem juntas, em mim, mas não se entendem, atropelam-se. Estes sorrisos que beijam as lágrimas, as elações bem fundamentadas que escondem as questões flutuantes. Estas metades que lutam com pedras e flores. Esta doçura que sobrepõe a estupidez. Este mar que esconde a lua.
Não. Não sabes. Mas obrigado por me olhares nos olhos e me embalares. Por me dizeres aquilo que não sabes que ouço, que entendo. Obrigado por não saberes e continuares o teu caminho enquanto eu tento saber qual o meu.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Sangue incolor


...

E veio o sangue.
Sem o vermelho. Incolor.
Sangue que brota sem dor.
Bebo-o na esperança de algo.
Não digo o quê porque não sei.
Sangue sem vermelho.
Sangue sem cheiro.
Sangue sem dor.
Sangue sem alma.
Sangue incolor.
...

ora vamos actualizar/7merdas

Antes de mais peço desculpa a todos os que aqui dão um pulinho de vez em quando pela ausencia mas foram tempos difíceis :) pedidas as desculpas vamos ao que interessa

Minha querida LNeves muito obrigado pelo miminho :) não vou seguir a corrente por uma questão de coerência comigo mesma, e por achar que não me cabe o papel de dizer que este ou outro blog são melhores ;) eu sei que me vais entender. Ainda assim é para mim um prazer e um enorme elogio saber que uma menina tão especial como tu gosta daquilo que escrevo e por isso mesmo exibo o prémio que me atribuis-te :) uma beijoca enorrrrrrrrrrme ;)

e só porque foste tu também que lanças-te o desafio aqui vai

7 merdas que sei fazer bem:

- rir (sou perita no assunto)
- fazer grandes filmes na minha cabeça com pequenas coisas
- conversar (adoro)
- divagar
- não fazer nada (sou peritissima na arte de não fazer nada)
- ouvir
-dizer coisas estúpidas (consta que sim)

7 merdas que não sei fazer (de uma lista tremenda reduzi-me a 7 tópicos):

- pôr compras em sacos (é verdade)
- milagres (nop... não consigo)
- voar (pelo menos não a nível fisíco)
- ouvir piropos (não sei lidar com isso)
- dizer que não....
-discutir com alguém (seja quem for)
- costurar (eu bem gostava de ser prendada... mas não sou)

7 merdas que digo frequentemente:

- "ADÓOOOOOUUUUUU"
- "Abençoadas"
- "E não é sempre assim?"
- "Regra Geral"
- "Talvez"
- "Não sei"
- "Era só o que me faltava"

7 merdas que aprecio no sexo oposto (limito-me a 5):

-voz
-olhos
-mãos
-fazer-me rir
-saber falar "comigo"

7 merdas cinematográficas:

lamento mas este fica em branco gosto de tanta coisa que 7 não me parece um numero justo... tanto não é que nem me lembro de nada :)

e só porque não sou de correntes não a vou passar a ninguém... espero que ninguém se chateie comigo :)

uma grande beijoca á LNeves por me meter nisto (e vês como não sei dizer que não? :P)