segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Eco...


Quem és tu?
...
Não me respondes?

...

quem és tu?
Quem És Tu??

QUEM ÉS TU???

É como se entre mim e ela existisse apenas um eco infinito sem feedback possível...

Quem sou eu?

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Chave


Sei-te. Sabes-me. Sabemo-nos.

Eu sei-te de uma maneira. Tu sabes-me de outra. Sabemo-nos desfasadamente.

Tento adivinhar-te. Pensas que me adivinhas. Nada sabemos um do outro.

São as meias palavras. O não querermos, ou não sabermos, ser directos. Essa é a razão que nos deixa a meio, no quase. Estou farta do quase.

Quase te conheço, quase te vejo, quase te quero demais, quase me sabes. Sim, quase me sabes. Quase tens um gosto... mas a degustação ficou a meio. Um quase nada de tudo, que não é mais que algo incerto...
Quase sou mulher... quase deixas de ser criança...

E não percebes?

Não percebes que não te sei. E isto sei-o de facto... e assusta-me... apenas porque sei sempre algo...

Perco-me nos caminhos que talvez também percorras. Procuro-te, mesmo quando não o sei. Ou talvez não procure, nem a ti nem a ninguém, mas lembro-me de ti, por vezes. Como saber? Não te sei. Nem a mim me sei. EUREKA. Se não me sei. Como podes tu saber-me?

Gostas de ferir e consegues ferir quase tão bem quanto quase mimas. Quando queres... Quando te apetece. Sempre te. E não percebes... Depois de todo este tempo finito não percebes e desistes...

mas algumas vez lutas-te?????? me?????


_______________!!!!!!!!!!!!!!!!AGARRA-ME!!!!!!!!!!!!______________________

Quando eu menos esperar. Não me deixes pensar. Ter medo. Encontra-me e agarra-me.

Está escrito, agora lê.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Boneca...


Ela tem medo de quebrar

frágil foi como a criaram e mais frágil ainda ela se criou...

Não. Não posso dar-ta. Tens mãos escorregadias e fácilmente a deixarás cair...

Sim, os cacos colam-se.
Sim, eu sei que gostavas de tê-la apenas uma vez.
Sim, a montra tem muitas outras bonecas.
Sim, eu sei que serás passageiro porque, simplesmente, queres brincar com todas.

Mas esta não te dou... porque esta sou eu...

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A bailarina


Tão pequenina... tentando ainda equilíbrar-se no fato de bailarina, que não é mas que queria ser.
Com cuidado penteia o cabelo e calça os sapatinhos rosa de bailarina. Tenta fazer os gestos que as via fazer... para parecer a bailarina que queria ser...
Rodopia e salta sem falhar o equilíbrio... sorri... começa a sentir-se a bailarina que quer ser.

E dança, dança, dança...

dança até escurecer...

e ela agora acredita que é a bailarina que queria ser...

e dança, ainda mais, até o sol já não aparecer...

Pára. Ajeita a ropinha e equilíbra-se tão bem...sim, já é a bailarina que queria ser.

A noite cai... Tão pequenina... Tira agora o vestido de bailarina que ela já conseguiu ser...

E agora sem fato não é bailarina... Tão pequenina... Não sabe como o ser...

...resta adormecer...