
Latente sossega o corpo dormente
Cansas-me o peito em canções mudas
Gastas-me os dedos em esperas penduradas em mesas de rua
Cegas-me o olhar inacabado no som do rasto
Simpatia incompleta repleta no espaço reticente.
Colo a tua mão ensanguentada ao meu rosto, pouso a minha mão sobre a tua.
Silêncio.
Espaço.
Compasso.
Sou brisa no teu medo, és lágrima no meu peito.
Olho-te. Dura. Fria. Negra. Fulminante.
Não te perdoo que não me vejas... nem mesmo no sangue das tuas marcas.
Somos um nada momentâneo. porque escolhemos sê-lo. apenas.
Colas o teu corpo ao meu em símbolo de harmonia
Preto no branco em face salpicada a sangue...
Brincas com os dedos nos meus lábios
pousas a mão na minha nuca e suspiras
suspiras em harpas descompensadas
presas em colares de missanga expostos em montras comuns.
Abraças-me em contra-baixo de corda vibrante
e abraçados sonhamos solidão em gotas de luz senil...
imagem retirada do google