
Caiam as primeiras gotas de chuva, ainda nem era noite mas havia já aquele sentimento nocturno no ar.
Os compassos apressados para chegar a um destino. O cansaço alinhavado na linha do olhar.
[Olhares]
Há o vento e a chuva. Gosto de dançar com os dois.
[Perdição]
Há a criança que no colo da avó vê o meu lenço esvoaçar, com uma atenção fascinante. Sorri-me.
[Doçura]
Há os olhares que se cruzam e parecem dizer “Quem será ela?”.
Há os sorrisos que se cruzam sem razões aparentes.
[...]
Há as reticências que divagam pelo cérebro em busca de uma linha que lhes incuta sentido.
Há a música de fundo que encaixa na perfeição com o que vive dentro de mim no momento.
[chuva]
Há tanto que uma palavra não traduz.
[Vento]
O silêncio aparente num corpo que dentro de si mesmo grita...
[Cala-me a mente e enche-me a Alma de sorrisos...]
Há quem diga coisas em silêncio e quem as ouça com sorrisos...