sexta-feira, 24 de abril de 2009

Passava...




Passava.
Leve brisa.
Suave fervor.
Passava.
Nascia nos lábios.
Pescoço,
Ombro,
Peito.
Lábios.
Passava.
Aroma a doçura.
Frescura etérea.
Passava em jeito passageiro de viajante apressado.
Aperta.
Abraça.
Agarra.


Foge em compasso melancólico.

Baixa os olhos… olha para trás… é seguida por nada, deixa que o vento lhe empurre o cabelo para a face e assim esconda a lágrima.

Passava.
Pequenos passeios desalinhados.
Semáforos intermitentes.
Sol escondido.
Folhas rasantes.
Sozinha.
Passava.

Mãos na algibeira.
Música.
Pensamentos apressados, ruídos, amargos, destoados, solitários…
Passava pela vida hoje em tom de turquesa e ao compasso da chuva que não cai do céu.
Ping_Ping_Ping_Ping

8 comentários:

Anônimo disse...

Contínuo a gostar da forma como escreves. Jogo de palavras que nos transporta para um outro plano da nossa existência. Parabéns! Um dia ainda nos vamos conhecer...

Anônimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=1k08yxu57NA

Anônimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=SGTDRztaCCw

Anônimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=O40qfm9BSPU&feature=related

Anônimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=HJKz5-SonSk&feature=PlayList&p=E4B37ECDF2345FC4&index=0&playnext=1

farfalla disse...

Netbad... iremos? :)

_baci_

farfalla disse...

Dio!

tanta Regina :)

por alguma razão especial?... Fica a questão...

. disse...

Belíssimo poema, Farfalla! Vale a pena reler centenas de vezes, para achar um significado diferente a cada leitura. Tuas palavras são caleidoscópios, e nos permitem o prazer da redescoberta das cores.

Beijos e pétalas.