quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Vazio


tinta da china na ponta do dedo

descai pelo corpo desenhando feridas

lama

cama

chuva

lençol


cravo na carne esperança

tentando que o peito não sangre, que a mente cale.


espaço

passo

laço desenlaçado de prenda errada

nada que aponta para tanto...


corpo gelado, com arranhões que não deixam marca...


preto e branco em nojo

despojo de segundos mecanizados


asa quebra por entre o vento... as pálpebras consomem-se por entre as gotas de chuva


ela cai sem chão em mão que a apare.

3 comentários:

Anônimo disse...

não gostei do pessimismo. onde está a nostalgia amorosa que eu costumava ler aqui? vá lá, é Natal =)

beijinho natalício e o desejo de muitos presentinhos no sapatinho*

APC disse...

Noto desencanto, borboleta...
Minha querida amiguita, olhar em frente e, tentar descortinar na neblina a luz que ela esconde. é o caminho. Obrigado por me visitares. Espero, que a tua passagem por África esteja a ser plena. Beijinhos e boas festas.

lampâda mervelha disse...

Tinha saudades de te ler, sabias?